No Senado, CNC defende vacinação massiva para retomada econômica do turismo

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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo integrou o 5º encontro do ciclo de debates que busca medidas para impulsionar o turismo como agente central da retomada econômica no período pós-pandemia. Em audiência pública, realizada pela Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado Federal, especialistas atrelam a vacinação massiva a ampliação do turismo estrangeiro no País.

Presidida pelo senador Fernando Collor (PROS-AL), também presidente da comissão, a audiência mostrou os efeitos da pandemia sobre o setor, que amargou uma retração de 49% nos gastos de turistas estrangeiros no País, em 2020, cerca de R$ 3 bilhões, em relação a 2019, quando visitantes de outros países deixaram R$ 6 bilhões no Brasil.

O parlamentar alertou que o planejamento da reestruturação turística depende da velocidade da vacinação contra a covid-19. “A retomada da economia só tem uma receita: vacina no braço, comida no prato e carteira assinada”, afirmou.

O diretor da CNC e presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, ressaltou que a normalidade da atividade do turismo se dará também por meio de protocolos sanitários seguros, um quesito avaliado por pessoas que querem conhecer outros países após a pandemia do novo coronavírus.

“Existe um momento muito difícil de lidar e de sensibilizar os mercados internacionais para que venham ao Brasil. É necessário um plano de ação para a retomada do turismo, e os passos são planos de vacinação harmonizados entre os países da América do Sul, contenção da covid-19 e o fim do cenário de deterioração do ambiente econômico.”

Sampaio ainda apontou que as medidas sanitárias devem ser adotadas em consonância com as perspectivas econômicas, de maneira a apresentarem resultados positivos em um curto período. “Eu acho que, com aspectos de financiamento ou alguma calibragem tributária, é importante fazer isso.”

Um estudo da CNC mostra que uma das consequências da pandemia no setor é o encerramento de 35,5 mil estabelecimentos em 2020, a maior perda anual desde 2016, quando 44,9 mil estabelecimentos foram fechados.

Diretor-presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional de Turismo (Embratur), Carlos Brito apresentou, durante o debate, uma campanha de ampla veiculação para atrair turistas de outros países e incentivar que os brasileiros elejam destinos domésticos.

Segundo levantamento da agência, cerca de 7 milhões de estrangeiros entrariam no Brasil em 2020, se não houvesse o cenário pandêmico, e a intenção para uma retomada imediata no pós-pandemia é incentivar gastos de brasileiros no País. “Nós queríamos que os 100 milhões de dólares gastos pelos brasileiros no exterior fossem gastos aqui.”

O Ciclo de Debates sobre Turismo, proposto pelo senador Fernando Collor, teve início em 10 de maio e estão previstas oito reuniões. Os próximos encontros estão marcados para 7 e 14 de junho, que debaterão, respectivamente, os temas “Setor de Bares e Restaurantes: cenário atual e desafios para o período pós-pandemia” e “O papel dos parques como indutores do turismo de lazer: estratégias para a ampliação de turistas nacionais e internacionais”.

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